sábado, 11 de dezembro de 2010

Filho da puta - Cap 2

Mais uam vez estava certa. Virgínia apesar de seu ar de piedosa não era dada a caridades. Ele havia, fazia pouco tempo, aberto uma casa que chamava carinhosamente de Boate Luz Vermelha, um puteiro não muito discreto. Pequeno ainda, porém já com alguma clientela. Rita meio que já sabia para onde estava sendo levada, considerando que a situação não podia ser pior do que aquela em que estava no momento. Mas Virgínia apesar de cafetina, tinha um bom coração, e não quis ajudar a jovem por puro interesse, na verdade ela realmente se compadeceu. Considerando a vida que alguem podia levar na rua, os riscos e perigos a que estava exposta, ate um bordeu representava proteção.
Ela não forçou Rita a nada, sabia que a menina ainda era jovem e tinha que se acustumar com a ideia do novo "emprego". Deu a ela um quarto, roupas, comida e todo o tempo que precisa-se para digerir sua nova condição. Rita foi se acostumando aquelas pessoas, aos movimentos noturnos e um dia decidiu que era hora. Em frente a uma velha penteadeira, onde colocava suas coisas, olhando para um velho espelho, já muito desgastado pelo tempo, começou a produção.
Uma coisa, o leitor deve ter reparado que não foram feitas descrições físicas de Rita, o que foi deixado para ser feito neste momento, tudo de caso pensado, devaneios do autor. Nossa personagem era uma menina, com seus 13 anos. Apesar da pouca idade já tinha um corpo bem formado, altura mediana, por volta de 1,65, seios em desenvolvimento, porém já muito atraentes, um quadril largo o que lhe dava curvas de uma mulher adulta. Os cabelos eram castanhos claros, lisos e com ondas que moldavam perfeitamente seu rosto de traços finos e cores intensas. Sua pela era morena, um tom claro de doce de leite, o que combinava bem com seus olhos castanhos claros, quase amarelos, que no sol tinham relusiam e brilhavam naturalmente. Não pense o leitor que essa descrição justifica ou explica a violência sofrida por Rita em casa e após a fulga. A menina tinha por sorte ou azar nascido bonita.
Voltando a boate, Rita escolhe para sua "estreia" um vestido vermelho que havia ganho de Virgínia e ainda não tinha usado. O vestido parecia feito por encomenda, lhe caia muito bem, era feito de um tecido leve e que valorizava suas curvas, deixando seu corpo chamativo e sedutor. Os cabelos foram presos (em parte) por um piranha, dando uma comportada no penteado e deixando as madeixas um pouco livres. Um batom vermelho, lápis forte definindo o formato dos olhos de gata, uma leve sombra e estava pronta.
Virginia já havia avisado as outras meninas que Rita iria para o salão naquela noite, o que despertou muita inveja e ate raiva de algumas, pois elas sabiam que carne nova ja chama atenção, a beleza de Rita seria uma afronta as outras. Algumas ate torciam para que ela fosse para a cama com um homem asqueroso e desisti-se daquela vida. Mas desistir não era uma opção.

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